quarta-feira, 19 de março de 2014

Uma doença escondida nos sinais do envelhecimento

É uma doença que é frequentemente confundida com os sinais do envelhecimento, uma vez que são as pessoas idosas as mais afetadas. A estenose do canal lombar cria uma dificuldade progressiva no andar, dores e falta de força nos membros inferiores. A marcha fica cada vez mais lenta. Muitos dos doentes conformam-se com aquilo que pensam ser a velhice. 
 A coluna é uma estrutura móvel sujeita a um processo degenerativo, mais rápido ou lento dependendo dos indivíduos. O desgaste progressivo das vértebras e dos discos da coluna origina a estenose lombar – o estreitamento do canal central da coluna vertebral e dos canais por onde saem as raízes nervosas.
“A doença aparece na sequência das idades mais avançadas. A grande maioria das pessoas afetadas por este problema não são diagnosticadas. Muitas vezes as queixas iniciais não são consideradas, e com o tempo a pessoa apercebe-se de que tem de sentar-se para descansar e só depois andar mais um bocadinho”, explicou ao CM Eduardo Pegado, ortopedista da CUF de Torres Vedras.
A cirurgia é um dos tratamentos aconselhados quando os sintomas se tornam mais graves. Contudo, é um procedimento caro, devido ao material que é necessário. A operação torna-se necessária para a descompressão das estruturas nervosas e geralmente traduz-se numa melhoria da qualidade de vida do doente. É um procedimento demorado: a operação tem uma duração de duas a três horas.
“A cirurgia não tem de se fazer logo quando é feito o diagnóstico, mas numa situação já avançada não trará muitos benefícios. A cirurgia consiste em atuar sobre o aperto das estruturas que estão dentro do canal medular”, refere Eduardo Pegado.
Segundo o mesmo responsável, após duas ou três semanas o paciente começa a retomar a sua vida normal, tendo já reflexos para conduzir, por exemplo. Mas só ao fim de um ano é que há resultados com vista à recuperação.

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