terça-feira, 23 de julho de 2013

Eles estão conectados

A tecnologia já percorreu um longo caminho através do tempo de vida dos idosos. Eles testemunharam tudo, desde o pouso do homem na lua, aos avanços da medicina e da ascensão de uma sociedade dependente da Internet.
Idosos também são testemunhas da maneira como a tecnologia está mudando a cara do envelhecimento. São homens e mulheres acima dos 65 anos que decidiram abrir seus leques de oportunidades e decolar no mundo virtual. São vovôs e vovós que estão nas redes sociais, trocam e-mails, mensagens, rodam o mundo com um só clique e se comunicam com o universo por meio das novas tecnologias.
Em relação ao uso da internet, as pesquisas apontam crescimento no número de usuários seniores nos últimos anos. Em 2012, de acordo com o Ibope, havia em todo o país 94 milhões de brasileiros internautas. Em janeiro de 2013, os idosos representaram 1,95% desse total, o que revela uma alta de 8,3% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Quando comparado com 2011, esse aumento é ainda maior: 39,3%.
Para uma geração que uma carta podia levar meses entre ser escrita e ser recebida, que se acostumou a conversar por telefone fixo e conhece bem a ansiedade por um telegrama, o computador e suas possibilidades assustam. Mas, quem foi que disse que essa turma não quer se arriscar? Certos de que o melhor desta fase da vida é o tempo livre e a vantagem de não ter pressa, os novos internautas não têm medo de fuçar, errar e fuçar de novo. E assim foram pescados pela rede e suas janelas. Para eles, o que era desafio se tornou companhia, entretenimento, juventude, saúde e, acima de tudo, uma forma de se aproximar das gerações que já nasceram com essas possibilidades a um toque das mãos.



quinta-feira, 18 de julho de 2013

Autismo e o seus sinais



O autismo é uma síndrome comportamental que causa comprometimentos no relacionamento e interação do indivíduo com outras pessoas, dificuldades na linguagem e comportamentos restritos e repetitivos. Estima-se que o Brasil reúna cerca de 2 milhões de autistas, 80% deles sem diagnóstico
É fundamental que pessoas que trabalham e convivem com crianças saibam identificar sinais ou sintomas típicos de autismo em bebês ou crianças pequenas. Cerca de 60% das crianças com autismo apresentam sinais da doença ao nascer. Especialistas apostam que os próprios pais são capazes de detectar os primeiros sinais a partir dos 8 meses e, assim, buscar ajuda especializada quanto antes.
Pesquisadores da Universidade de Miami, nos Estados Unidos, descobriram que a chave para esse flagra precoce está na comunicação não verbal. A equipe do professor de psicologia Daniel Messinger comparou crianças sem histórico familiar do problema com irmãos caçulas de autistas, que teriam um risco maior de herdá-lo. Foi observado o modo como o bebê olha para objetos, o jeito como ele pede o que deseja e como reage quando lhe apontam para alguma direção. Pequenos com falhas gestuais nos primeiros meses de vida apresentaram sinais mais evidentes de autismo após os 2 anos e meio de idade.
Uma vez identificado que o processo de desenvolvimento está alterado, a criança deve ser examinada por um especialista (pediatra, psiquiatra infantil, neurologista infantil) para que o diagnóstico seja feito e os tratamentos reconhecidamente eficazes sejam instituídos.
Com um bom acompanhamento, o autista pode ficar menos limitado e até frequentar a escola regular com alguém servindo de apoio. Mas tudo depende do grau da deficiência. Por isso, a observação é fundamental para captar detalhes valiosos que ajudam a família a se inserir no mundo dos autistas.
O diagnóstico precoce e a implantação correta dos tratamentos resultarão em significativa melhoria no desenvolvimento infantil e na qualidade de vida da criança e de seus familiares.


terça-feira, 16 de julho de 2013

Nonagenários de hoje têm a mente mais saudável



Hoje, as pessoas não só têm uma longevidade maior do que no passado, mas também chegam a idades avançadas com a mente mais ‘em forma’ em comparação com as gerações anteriores.  É o que diz um novo estudo dinamarquês que comparou as habilidades cognitivas entre nonagenários nascidos em décadas diferentes. As conclusões do trabalho mostraram que os idosos que nasceram mais recentemente alcançam os 95 anos de idade com uma cognição mais saudável do que aqueles que nasceram dez anos antes quando tinham a mesma faixa-etária. Os resultados da pesquisa foram publicados nesta quinta-feira na conceituada revista médica The Lancet.

O novo estudo, feito no Centro de Pesquisa Dinamarquês sobre Envelhecimento, que faz parte do Instituto Nacional de Saúde do país, estudou dois grupos de pessoas. O primeiro era formado por 2.262 indivíduos nascidos em 1905, que foram avaliados em 1998, quando completaram 93 anos de idade. O segundo grupo era formado por 1.598 pessoas que nasceram em 1915 e que foram avaliadas em 2010, ao completarem 95 anos. A avaliação dos participantes foi feita por meio de testes de habilidades cognitivas – ou seja, de memória, raciocínio, percepção, imaginação e linguagem – e de desempenho em atividades cotidianas, como caminhar, sair da cama e subir escadas.

Saúde física e mental — Embora o estudo tenha avaliado as pessoas do segundo grupo quando elas eram dois anos mais velhas do que as outras, a pontuação delas nos testes cognitivos foi maior do que a do outro grupo. Segundo o estudo, os participantes nascidos em 1915 foram duas vezes mais propensos a atingir a pontuação máxima nessas avaliações do que aqueles que nasceram uma década antes. Eles também apresentaram um melhor desempenho nas atividades cotidianas. A pesquisa ainda mostrou que os participantes nascidos dez anos depois tiveram uma chance 32% maior de chegar aos 95 anos de idade.


Os autores do estudo explicam que a longevidade pode seguir por dois caminhos diferentes: as pessoas podem viver por mais tempo porque são mais saudáveis, ou então alcançar uma idade avançada acumulando mais doenças ou deficiências, mas sobrevivendo com a ajuda de intervenções médicas. Para os pesquisadores, a diferença da saúde mental entre as gerações pode ser explicada pela combinação das melhorias nas condições de vida, o que inclui um maior estímulo intelectual ao longo da vida.

Fonte: Veja

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Convenção municipal e estadual do PTB Mulher/RJ é neste sábado



Neste sábado, 13, a partir das 9h, na sede do PTB/RJ, no Centro do Rio de Janeiro, será realizada a convenção estadual e municipal do PTB Mulher/RJ. Na ocasião tomarão posse Itamárcia Marçal e Cristina Costa, sendo a primeira a Presidente Estadual e, a segunda, a Presidente Municipal do PTB Mulher/RJ.

O evento contará com a presença de autoridades como a Presidente Nacional do PTB Mulher, Cristiane Brasil e do Presidente Estadual do PTB/RJ, Marcus Vinícius (Neskau).

 “Estamos ampliando as bases do nosso movimento feminino, graças ao trabalho sério e comprometido com a qualidade de vida das mulheres. A chegada de novas trabalhistas, e as mudanças na direção demonstram a nossa maturidade, após grande investimento intelectual nas nossas lideranças. Nossas mulheres continuarão avançando, mudando com o Brasil, com o PTB”, afirma Cristiane Brasil.

A futura presidente estadual, Itamárcia, ressalva que é preciso que cada vez mais as mulheres participem da polítia partidária. "Unidas nós temos força para realizarmos as ações necessárias e emergenciais em busca dos nosos direitos."

Para finalizar, Cristina Costa, futura presidente municipal diz estar preparada e com muta garra para assumir o mandato. "Tenho certeza que as cariocas ficarão orgulhosas e se juntarão ao nosso PTB Mulher. Nós faremos a diferença!"


Neste clima de renovação todos os filiados do PTB estão convidados para votar e participar do evento.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Alzheimer: A estimulação cerebral profunda 'reverte' a doença


Uma técnica que estimula os tecidos cerebrais com impulsos elétricos pode atenuar a perda cognitiva causada pelo Alzheimer. A equipe coordenada pelo neurocientista Andres Lozano, do Hospital Western Toronto, no Canadá, verificou a diminuição de glicose no lobo temporal e cíngulo posterior, em seis pessoas com a doença, submetidas à estimulação cerebral.

Os resultados foram publicados no Annals of Neurology. A doença de Alzheimer provoca progressiva deterioração das funções cerebrais, como perda de memória, da linguagem, da razão e da habilidade de cuidar de si próprio. Nos portadores, a região do hipocampo é uma das primeiras a encolher. O centro de memória funciona nessa área cerebral, convertendo as memórias de curto prazo em memórias de longo prazo. Sendo assim, a degradação do hipocampo revela alguns dos primeiros sintomas.

Segundo Lozanno, a diminuição do hipocampo e cíngulo superior especificamente pode estar associada a menores quantidades de glicose nestas regiões. E para tentar reverter esse quadro foi utilizada a técnica da estimulação cerebral profunda (do inglês, deep brain stimulation) que consiste em enviar impulsos elétricos ao cérebro através de eletrodos implantados na região craniana. Os condutores foram colocados próximos ao fórnix – um feixe de neurônios que envia e recebe sinais do hipocampo – nos seis pacientes diagnosticados com Alzheimer pelo menos 12 meses antes.

Testes realizados um ano depois, mostram que a redução da glicose foi revertida nas seis pessoas. Em dois destes pacientes, a deterioração da área do cérebro associada à memória não só parou de encolher como voltou a crescer. Nos outros quatro, o processo de deterioração parou por completo.

Os cientistas admitem, no entanto, que a técnica ainda não é conclusiva e que necessita de mais investigação. A equipe vai agora iniciar um novo teste que envolve 50 pessoas.


segunda-feira, 8 de julho de 2013

Câncer deve causar estragos na América Latina nas próximas décadas




Um estudo recente realizado por oncologistas da América Latina concluiu que o câncer deve causar estrago na região nas próximas décadas. De acordo com a análise, serão 1,7 milhão de novos casos do mal até 2030 (500 mil só no Brasil) e mais de um milhão de mortes anualmente.

O relatório foi publicado no periódico Lancet Oncology no fim de abril e traçou um amplo panorama dos problemas de diagnóstico e controle da doença na região. A maior preocupação não é tanto a incidência de câncer na população, considerada baixa em relação aos Estados Unidos (163 por 100 mil habitantes, enquanto a média americana é de 300/100 mil), mas a mortalidade latino-americana, que é 60% maior.

A principal causa é o baixo investimento em pesquisa, bem como em prevenção. O levantamento descobriu que se os americanos gastam 460 dólares por ano a cada novo paciente de câncer, os japoneses 243 dólares e o Reino Unido, 162, a América Latina gasta apenas 8, dado alarmante.

Além disso, outra informação sobre investimento também mostra a disparidade: a porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB) de cada país da região gasta com assistência médica varia muito, de 10,9% na Costa Rica para 5% na Jamaica, Bolívia, Peru e Venezuela.

E não para por aí: o diagnóstico tardio também é um problema que contribui para a alta mortalidade. Segundo o estudo, apenas 20% dos casos de câncer de mama são diagnosticados em estágio inicial no Brasil e 10% no México, contra 60% nos EUA.

No entanto, a análise também aponta soluções, citando casos como os de México e Peru, que estão tentando melhorar seus índices por meio de programas e reformas no sistema público de saúde. Os mexicanos, por exemplo, criaram um seguro saúde estatal que cobre a população que não tem acesso a planos privados. Nele, há tratamento para os cânceres de adultos mais comuns e todos os infantis, e já alcançam 52,6 milhões de pessoas.

No Peru, onde 55% dos casos de câncer são de estágios avançados recém-diagnosticados, um plano foi criado no ano passado para prevenir e diagnosticar precocemente o mal em 12 milhões de pessoas em estado absoluto de pobreza.

Além disso, há outra frente pouco explorada na América Latina: os testes clínicos. A região tem 2.460 estudos no momento, um número que pode parecer alto a primeira vista, mas só significa 6% de todos os protocolos de pesquisa científica no mundo.

O número de centros clínicos latino-americanos por milhão de habitantes não chega a 2, enquanto a taxa dos Estados Unidos é de 82 e da Europa Ocidental, 11. O Lacog (sigla em inglês para Grupo Cooperativo de Oncologia da América Latina), que reúne dezenas de pesquisadores e centros clínicos de 12 países, recebe 7.000 novos pacientes por mês, mas é possível fazer ainda mais. Para os médicos, mais estudos clínicos podem fazer com que mais pessoas recebam tratamento de ponta a custo baixo ou zero.

Fonte: IG