quarta-feira, 15 de maio de 2013

Câncer de mama: o melhor caminho é a prevenção




A revelação feita por Angelina Jolie sobre a mastectomia preventiva que realizou recentemente trouxe para o centro da discussão a realidade sobre o câncer de mama no mundo. A atriz, que perdeu a mãe precocemente para a doença, decidiu realizar o procedimento para diminuir de 87% para 5% as chances de desenvolver o câncer. 

Para tomar a decisão, a atriz realizou exames e descobriu uma mutação no gene BRCA1 o que gera, em média, 65% de risco de desenvolver a doença. Por isso, teve a iniciativa de retirar todo o tecido mamário, reduzindo drasticamente os riscos da doença.

Entretanto, médicos afirmam que este procedimento não é indicado para todos os casos e somente após exames e a análise dos resultados é possível precisar se este é o caminho ideal. A pergunta que fica é: o que devemos fazer para evitar o câncer de mama? A resposta é unanime entre os médicos que afirmam que a prevenção é o melhor caminho. Os exames devem ser realizados com frequência e as visitas ao ginecologista e mastologistas regulares. O Brasil não tem a cultura da prevenção e é isto que deve mudar.

Saiba como prevenir a doença
Apenas pessoas com casos de câncer em parentes de primeiro grau (mãe e irmã), que diagnosticaram a doença antes dos 45 anos devem fazer o teste genético realizado por Angelina Jolie. Não há limite de idade para realizar o exame.

Para mulheres sem a doença na família, o Ministério da Saúde recomenda a realização de mamografia a cada um ou dois anos, após os 50 anos. A Sociedade Brasileira de Mastologia indica após os 40.

Mulheres que ainda não atingiram essa faixa etária devem fazer exames clínicos anuais com o ginecologista, além do auto-exame das mamas mensalmente. Em casos com histórico familiar, o paciente deve conversar com seu médico para decidir a periodicidade das consultas.

Dados do câncer de mama
No Brasil, dados do Ministério da Saúde afirmam que os casos de câncer de mama somaram 52.680 vítimas em 2012, sendo o mais incidente em mulheres. Além de maior incidência, tumores na mama lideram o ranking de óbitos entre as mulheres. Em 2010, foram 12.705 mortes. Estimativas do Inca apontam que, somente no estado do Rio, foram diagnosticados cerca de 8.140 novos casos de câncer de mama em 2012.

Segundo tipo mais frequente no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. Se diagnosticado e tratado ainda no início, o prognóstico é relativamente bom.

No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas. Isso se deve ao 
diagnóstico tardio, em estados avançados. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%.

A doença é relativamente rara antes dos 35 anos, entretanto acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente. Estatísticas indicam aumento da incidência tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas décadas de 60 e 70 registrou-se um aumento de dez vezes nas taxas de incidência ajustadas por idade de diversos continentes, segundo o Inca.

Fonte: Extra

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