quinta-feira, 5 de maio de 2011

1º de Maio: constatações e reflexões II



Ainda sobre o Dia do Trabalho, o comentário de um internauta ao meu artigo "1º de Maio: constatações e reflexões" (leia logo abaixo aqui no Blog), alertou-me para a situação do trabalho infantil no País, cuja vergonhosa e dramática realidade passou ao largo da propaganda oficial, mesmo durante as recentes comemorações pela data. O debate sugerido pelo atento amigo é mais que oportuno, pois a exploração do trabalho infanto-juvenil esconde milhares de dramas, os quais, muitas vezes, ficam camuflados em estatísticas, que somente são lembradas de tempos em tempos, principalmente nos períodos eleitorais.


Na verdade, a questão é real e presente no cotidiano de todos nós, sejamos moradores dos grandes centros ou não. Nas cidades, o trabalho infantil nos semáforos é a parte mais visível da exploração infanto-juvenil. Enquanto que no interior, os abusos chegam semelhantes ao regime da escravidão.


Pelos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), mais de 4 milhões de crianças e adolescentes, entre cinco e 15 anos, trabalham no Brasil, contrariando proibição da própria Constituição Brasileira, que estabelece a idade de 16 anos incompletos para começar a trabalhar. Além da Lei Maior, vários outros dispositivos legais e inúmeras políticas sociais de apoio às famílias tentam impor limites à exploração, mas os resultados estão longe, muito longe do aceitável.


Considero que o problema vitima o Brasil como um todo, pois nenhuma justiça social se fará presente enquanto relegarmos milhões de pequenos brasileiros à ignorância e à pobreza, por conta de terem como única forma de sobrevivência o trabalho precoce.

Um comentário:

Mário Farias disse...

Isso é verdade! Trabalho infantil é uma crueldade sem tamanho! Revoltante mesmo.