segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Intercâmbio também é opção para quem já passou dos 50 anos

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Apesar do sucesso entre adolescentes e universitários, intercâmbio também é assunto do pessoal que já passou dos 50 anos. Despreocupados com o papel que a viagem terá em seu currículo, eles querem mesmo é relaxar e se divertir.

Na agência de turismo Brazilian Exchange, em São Paulo, esse é um movimento que começou há uns três anos. "Já tínhamos programas para a terceira idade antes, mas não divulgávamos porque não sentíamos uma procura", lembra o diretor da agência, Cláudio Chalom, que arrisca uma causa para a mudança. "Pode ser que tenha a ver com o aumento do poder aquisitivo, já que se percebe um aumento de consumo geral nessa faixa etária."

A vantagem de fazer programas específicos para a idade mais madura é que as turmas costumam partilhar dos mesmos hábitos e expectativas. A ideia deles é o contrário do foco do universitário, que tem o interesse principal no aperfeiçoamento do idioma para buscar uma vaga no mercado. A vivência cultural é a meta dessas viagens. "Muitos já fizeram aqueles pacotes turísticos regulares e agora querem algo mais", explica Chalom.

Na agência BEX, as atividades para a terceira idade são oferecidas em cinco destinos. Para quem quer aperfeiçoar o inglês há do clássico - como em Bournemouth, no litoral sul da Inglaterra - ao radical - a exemplo do curso na Nova Zelândia, na cidade de Christchurch. O país da Oceania tem geleiras e montanhas, propícias para o esqui, enquanto que nas praias pode-se andar de caiaque. Há também opções na Espanha, na França e na Itália, normalmente com a possibilidade conciliar o curso da língua com aulas sobre a cultura local, gastronomia e vinhos.

Os programas para o pessoal depois dos 50 têm duração menor, de duas semanas, e aposta nas cidades menores. "É para que eles estejam em um lugar tranquilo, para que tenham vivências culturais e para que se comuniquem com a população local", justifica o diretor da Brazilian Exchange. O resultado é uma turma que volta ainda mais entusiasmada que a garotada. "Eles se descobrem em situações que não estavam pensando em vivenciar."

Com mais de 60 no curso regular
Mesmo com a existência de programas específicos para a terceira idade, algumas pessoas preferem estudar em cursos regulares. É o caso de Theresinha Levy, que já passou dos 60 anos, mas prefere não revelar a idade. A intercambista passou três meses em Toronto, no Canadá, e voltou para o Brasil em outubro.

Nos últimos anos, a carioca passou por perdas na família, em especial a do seu "companheiro de vida e de viagem". A saída estava lá fora:"Nada melhor que viajar por longo tempo para se refazer ou renascer", afirma quem obrigou os filhos a fazerem intercâmbio aos 15 anos por ser uma experiência enriquecedora.

Os incessantes pedidos por notícias pelos amigos levaram Theresinha a criar um site. O espaço serviu como diário, além de postar fotos e receber os comentários de quem ficou no Brasil. "Cheguei à conclusão de que seria impraticável escrever para todos e para a família, então optei pelo blog", conta.

A viajante desmistifica um possível preconceito dos outros alunos com quem é de uma idade mais avançada. "Meus colegas me convidavam para tomar chope em pubs, ir jantar e fazer piquenique como qualquer um." Esse foi um dos motivos pelos quais ela escolheu o Canadá: a diversidade. "Nunca vi tanta gente diferente. Mesmo que você coloque uma abóbora na cabeça, acho que não vão lhe notar."

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