quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Que mundo é este?

Inaceitável que, em pleno século XXI, a humanidade ainda se depare com episódios de barbárie em nome da lei ou de religiões, como é o caso de Sakineh Ashtiani, mulher iraniana condenada, possivelmente, à morte por apedrejamento ou enforcamento, cuja sentença pode ser cumprida a qualquer momento. Da mesma forma, é incompreensível, pelo menos para nós, ocidentais, que estados interpretem o Direito sob bases em códigos arcaicos – quase bíblicos – como é o caso do Código Penal da Sharia, a lei islâmica, que tem no apedrejamento uma forma de execução da pena capital.

Não que também no Ocidente não haja barbáries e injustiças praticadas pelo Estado e suas leis, mas sou de opinião de que lei é instrumento tão somente para se alcançar a Justiça. E não há Justiça quando o Estado ignora o mais fundamental dos direitos, que é o direito à vida.

É inegável, também, que, em certas culturas, sociedades e Estados, direitos fundamentais da pessoa humana são sonhos abstratos, considerados pecados, sendo punidos até com a morte. Neste ponto, acho que a comunidade internacional pode fazer muito mais do que campanhas publicitárias, em que alguns demagógicos governos tentam pegar uma carona, buscando simpatia sob a tragédia alheia. Só para citar um exemplo, lembro que a Apartheid era também a lei maior de um estado soberano, mesmo assim caiu depois que houve um engajamento real de públicos e nações.

Enquanto o mundo não perceber que é preciso agir, deixando interesses econômicos e políticos de lado, continuaremos assistindo, em horário nobre, cenas de atos bárbaros e cruéis cometidos contra homens e mulheres, em nome da lei ou de religiões.

Um comentário:

Anônimo disse...

concordo c vc em gênero, número e grau!!