sexta-feira, 23 de julho de 2010

Triste realidade...

Confira matéria publicada em nesta quinta-feira, 22/07/2010, no Jornal do Brasil.

Aumento dos soropositivos com mais de 60 anos preocupa especialistas
O sensível crescimento do número de soropositivos com mais de 60 anos de idade previsto para os próximos anos representa um desafio médico e social dadas as dificuldades de vários tipos, em particular as financeiras, que devem ser enfrentadas por essas pessoas. O tema se torna cada vez mais preocupante à medida que a primeira geração de soropositivos está se aproximando dos 60 anos graças ao uso de antirretrovirais.

Esses pacientes vivem principalmente em países ocidentais, nos quais foi colocado à disposição este tipo de terapia a partir de 1996. A eles se somarão dentro de alguns anos milhões de pessoas que vivem em países pobres e nos quais o uso de antirretrovirais teve início apenas em meados da década passada.
A Aids ficou conhecida em 1981. Antes de serem desenvolvidos os tratamentos com antirretrovirais, os soropositivos no geral terminavam ficando doentes dentro de uns dez anos e morriam um ou dois anos depois disso.
Para muitos dos soropositivos que agora estão chegando a idades mais avançadas, viver com o HIV provavelmente acarretará problemas médicos, solidão e dificuldades financeiras, segundo uma palestra durante a Conferência Internacional sobre a Aids em Viena.
"Sempre houve soropositivos mais idosos, mas agora são muitos mais, e isso poderá ter enfoques novos em termos de saúde pública", estimou o diretor da ONUAids, Gottfried Hirnschall.
"Envelhecer com o HIV é mais que um desafio clínico, é também um desafio social, que não se deve limitar a uma parte do mundo", acrescentou.
Para Lisa Power, da organização de beneficência britânica, Terrence Higgins Trust, apesar de os soropositivos viverem mais tempo do que antes, sua qualidade de vida corre o risco de deteriorar-se.
Essa organização entrevistou 410 soropositivos de mais de 50 anos de idade que residem no Reino Unido. Os mesmos estão geralmente desempregados e têm poupanças inferiores às das pessoas da mesma idade e saudáveis, depois de ter previsto morrer antes de chegar a uma idade tão madura e, por isso, ter poupado menos.
Muitos deles vivem isolados, temem sofrer uma dupla discriminação pela idade e a doença e estão obcecados pelo dia em que serão internado num hospital ou em uma casa para idosos.
Um estudo apresentado por Margaret Hoffman-Terry da organização independente americana American Academy of HIV Medicine inclui números que evidenciam a existência desses problemas.
Nos Estados Unidos, o número de soropositivos de mais de 50 anos de idade passou de 20.000 em 1995 a 120.000 em 2005.
As pessoas com mais de 55 anos têm três vezes mais possibilidades de padecer uma doença crônica que uma pessoa saudável de 70 anos, segundo Hoffman-Terry.
"No futuro, teremos pacientes que viverão décadas a mais e deveremos encontrar a forma com que possam fazer isso com boa saúde", concluiu.
O sensível crescimento do número de soropositivos com mais de 60 anos de idade previsto para os próximos anos representa um desafio médico e social dadas as dificuldades de vários tipos, em particular as financeiras, que devem ser enfrentadas por essas pessoas. O tema se torna cada vez mais preocupante à medida que a primeira geração de soropositivos está se aproximando dos 60 anos graças ao uso de antirretrovirais.
Esses pacientes vivem principalmente em países ocidentais, nos quais foi colocado à disposição este tipo de terapia a partir de 1996. A eles se somarão dentro de alguns anos milhões de pessoas que vivem em países pobres e nos quais o uso de antirretrovirais teve início apenas em meados da década passada.
A Aids ficou conhecida em 1981. Antes de serem desenvolvidos os tratamentos com antirretrovirais, os soropositivos no geral terminavam ficando doentes dentro de uns dez anos e morriam um ou dois anos depois disso.
Para muitos dos soropositivos que agora estão chegando a idades mais avançadas, viver com o HIV provavelmente acarretará problemas médicos, solidão e dificuldades financeiras, segundo uma palestra durante a Conferência Internacional sobre a Aids em Viena.
"Sempre houve soropositivos mais idosos, mas agora são muitos mais, e isso poderá ter enfoques novos em termos de saúde pública", estimou o diretor da ONUAids, Gottfried Hirnschall.
"Envelhecer com o HIV é mais que um desafio clínico, é também um desafio social, que não se deve limitar a uma parte do mundo", acrescentou.
Para Lisa Power, da organização de beneficência britânica, Terrence Higgins Trust, apesar de os soropositivos viverem mais tempo do que antes, sua qualidade de vida corre o risco de deteriorar-se.
Essa organização entrevistou 410 soropositivos de mais de 50 anos de idade que residem no Reino Unido. Os mesmos estão geralmente desempregados e têm poupanças inferiores às das pessoas da mesma idade e saudáveis, depois de ter previsto morrer antes de chegar a uma idade tão madura e, por isso, ter poupado menos.
Muitos deles vivem isolados, temem sofrer uma dupla discriminação pela idade e a doença e estão obcecados pelo dia em que serão internado num hospital ou em uma casa para idosos.
Um estudo apresentado por Margaret Hoffman-Terry da organização independente americana American Academy of HIV Medicine inclui números que evidenciam a existência desses problemas.
Nos Estados Unidos, o número de soropositivos de mais de 50 anos de idade passou de 20.000 em 1995 a 120.000 em 2005.
As pessoas com mais de 55 anos têm três vezes mais possibilidades de padecer uma doença crônica que uma pessoa saudável de 70 anos, segundo Hoffman-Terry.
"No futuro, teremos pacientes que viverão décadas a mais e deveremos encontrar a forma com que possam fazer isso com boa saúde", concluiu.
Fonte: Jornal do Brasil

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