quarta-feira, 26 de maio de 2010

Receita para perder o medo de envelhecer

Para todos aqueles que se assustam com o avançar do tempo e da idade, aqui vai uma "Receita de vó para vencer o medo de envelhecer", matéria do portal IG, que achei por demais interessante e serve de exemplo para muita gente.
Grupo "Seminovas" ensina a superar o receio da chegada da terceira idade.
Morte, doença ou ruga? O que mais apavora no envelhecimento? Elas encontraram a receita para driblar a fobia de não ser mais jovem em um chá da tarde, comendo bolo de fubá e planejando o cinema. Os mesmos “ingredientes”, contam as nove meninas de 60 a 80 anos, são usados para vencer o medo do diagnóstico de problemas de saúde que passam a ser tão comuns após a entrada na casa dos “enta”.
Elas são as Seminovas, grupo de mulheres assim batizado pelas próprias, que em todo encontro realizado em finais de semana, fazem tudo o que a medicina preconiza sem nem ao menos se darem conta de que criaram um verdadeiro “manual” da terceira idade saudável. O berçário das Seminovas foi uma interrogação. O silêncio dentro da casa de cada uma (resultado da prole crescida e já educada) fez ecoar a pergunta: “O que eu vou ser agora que meu filho cresceu?”, mais do que isso "O que eu vou ser quando os meus netos crescerem?"
A dúvida, falam elas, foi muito mais cruel do que a indecisão típica da adolescência na hora de fazer vestibular.Se os adolescentes são taxados de muito imaturos para escolher o que querem fazer para o resto da vida, mulheres de cabelos brancos (ou muito bem tingidos para esconder os grisalhos) são consideradas “maduras demais” para começar uma atividade, digamos, já mais perto do fim da jornada.
Os dias poderiam passar assim, com a sensação sufocante de ninho vazio e de portas fechadas. A ansiedade seria transformada dolorosamente em depressão e a saudade dos tempos que não voltam viraria uma amargura eterna. Foi então que Neuza Guerreiro de Carvalho, no auge da sabedoria dos seus 80 anos, ocupou o posto de fada madrinha do grupo. Bióloga diplomada e inquieta por natureza, Neuza descobriu a internet, criou um blog por influência dos netos (o blog da Vovó Neuza), viu no Google um universo de oportunidades e resolveu fazer oficinas de memórias, com o objetivo de reunir idosos em pontos turísticos de São Paulo para trocar experiências sobre a metrópole (“será um material rico para os posts do blog da Vovó Neuza”, pensou a blogueira na época da criação do projeto).
Desta maneira, discutindo a cada 15 dias as transformações da cidade paulistana, os encontros foram transformados em posts para Neuza e as idosas - que “só por curiosidade resolveram frequentar as oficinas” - foram se transformando em Seminovas. Neste processo surgiu também a primeira receita contra um dos principais inimigos do avanço da idade. Para retardar as sequelas do temido Alzheimer, os médicos são unânimes em prescrever “ginástica para o cérebro”. Quanto mais a memória, o raciocínio e a criatividade forem estimulados (seja por conversas, oficinas, palavras cruzadas e leituras) menos afetada pela doença a pessoa será.
Como diriam no Twitter- a nova paixão de dona Neuza - “#ficaadica”.
Portanto, gente, sigam o exemplo das Seminovas, sempre achem do que se ocupar. Trata-se de uma receita para o envelhecimento saudável.

2 comentários:

Lourdes Meira disse...

Muitas vezes faltam grupos de idosos nos bairros do Rio. Mais uma sugestão pode ser procurar um grupo de alguma igreja, pois muitas delas tem grupos de idosos e que servem para acupar os mesmos. realmente um exemplo a ser seguido. Parabéns a estas idosas. Lourdes Meira - profesora aposentada

Anônimo disse...
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