quinta-feira, 29 de abril de 2010

Líderes da base aliada decidem adiar votação de reajuste dos aposentados

Líderes governistas na Câmara e no Senado decidiram adiar a votação da medida provisória que trata do reajuste dos aposentados, que está prevista para acontecer nesta quarta-feira (28). O tema deverá ser analisado pelos deputados somente na próxima semana. A base aliada deseja ampliar o reajuste concedido pelo governo, que foi de 6,14%, mas está dividida entre os percentuais de 7% ou 7,7% de aumento.

O adiamento foi uma proposta levantada pelo líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). Ele defende que as duas Casas cheguem a um acordo sobre o reajuste antes que a votação seja feita na Câmara. Na noite desta quinta-feira (29) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá um jantar com a base aliada no Senado e Alves espera que o governo chegue a um acordo para o percentual do reajuste neste encontro. “Nós não vamos votar essa questão na Câmara sem estar afinado com a base aliada no Senado”, concluiu Alves.

O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), diz ter uma negociação fechada com o Executivo para conceder o reajuste de 7%. “Nosso objetivo é garantir um aumento real e consistente para os aposentados e que possa ser pago.”

Parte da base aliada no Senado, no entanto, insiste no reajuste maior. Um deles é o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL). Ele ressalta que a diferença entre o aumento de 7% e o de 7,7% é de cerca de R$ 600 milhões. “Este valor é irrelevante do ponto de vista fiscal e o Senado já aprovou um índice maior.” O reajuste maior a que se refere Calheiros diz respeito a uma emenda que vincula os benefícios previdenciários ao salário mínimo. O projeto em que a emenda foi incluída pelo Senado está parado na Câmara.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), afirma que na Casa a maioria deseja o reajuste de 7,7%. Ele reconhece, no entanto, que o percentual não é considerado viável pela equipe econômica. Diante do impasse, ele disse acreditar que a “política” pode resolver a questão. “Hoje o entendimento do Senado é de 7,7%, mas não há condições, segundo a equipe econômica. O que vamos fazer agora é com que a política acabe com esse impasse”, afirmou.
Fonte: G1

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