quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Brasil piora no ranking mundial de desigualdade entre homens e mulheres

NOVA YORK - O Brasil piorou sua posição entre as 134 maiores economias do mundo no que se refere à diferença entre homens e mulheres. No relatório de 2009, publicado pelo Fórum Econômico Mundial, apresentado nesta terça-feira em Nova York, o Brasil passou da 73ª posição em 2008, para 82ª neste ano, atrás de países como Gana e Tanzânia.

A queda de nove posições resulta, em parte, do acréscimo de quatro novos países no ranking de 2009. Sem essa alteração, o Brasil teria passado para a 80º posição. Desde 2006, o país vem piorando a sua colocação no ranking mundial, tendo passado da 67ª em 2006 para a atual pontuação.

O relatório da entidade mede a participação de homens e mulheres na sociedade de acordo com quatro critérios básicos: diferenças salariais e participação no mercado de trabalho, acesso à educação e nível de formação educacional, acesso à saúde e queda de índices de mortalidade, e por fim, participação política e posição em cargos de poder político. O Brasil piorou sobretudo no que se refere ao mercado de trabalho, com a remuneração feminina sendo reduzida quando comparada à mão-de-obra masculina.

Entre os dez primeiros países da lista, houve algumas novidades em relação à pesquisa de 2008. A maior delas foi o avanço impressionante da África do Sul, que passou do 22º para o sexto lugar da lista, melhorando seu desempenho em todos os setores pesquisados. Também a Islândia foi destaque, passando o quarto para o primeiro lugar da lista, apesar de ser uma das economias mais afetadas pela crise financeira mundial. Os dez primeiros colocados são: Islândia, Finlândia, Noruega, Suécia, Nova Zelândia, África do Sul, Dinamarca, Irlanda, Filipinas e Lesotho.

- A pesquisa deste ano mostrou que economias em desenvolvimento como a da África do Sul podem ter ganhos impressionantes com relação à luta contra a desigualdade. Os países escandinavos continuam no topo da lista, com destaque para a Islândia, e entre os piores estão a Arábia Saudita e Chade. No mundo, as piores diferenças estão no acesso à saúde e à educação, as que mais impactam no cotidiano e na expectativa de vida - avalia Saadia Zahidi, uma das responsáveis pelo relatório de 2009.

No caso do Brasil, o pior desempenho ficou por conta das diferenças salariais e de participação no mercado de trabalho entre homens e mulheres. Se a pesquisa fosse feita apenas com o item diferenças salariais pelo mesmo trabalho efetuado, o Brasil estaria na 114ª posição. Em termos de direitos sociais, o Brasil ganhou uma nota ruim no quesito legislação capaz de coibir e punir a violência contra mulheres.
Fonte: Jornal O Globo

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Cidadania com dignidade é possível, sim

Já trouxe neste espaço a discussão sobre a favelização e a desordem como fatores que contribuem para a violência urbana. Lembrei que a repressão, por si só, não é nem nunca foi garantia de paz nas comunidades. Sempre defendi que atrás da polícia, deveriam vir políticas de inclusão, como urbanismo, educação, cidadania, saúde, entre outras.
No complexo de favelas do Alemão, na Penha, apesar da violência não ter sido debelada, o governo vem implementando obras, que começam a ficar prontas, dando esperanças de dias melhores para os moradores daquela sofrida região. Um desses melhoramentos é o conjunto residencial, tipo condomínio, que vai abrigar parte dos desalojados pelas obras de urbanização da favela.
Ao mesmo tempo em que cadastra as famílias, a autoridade pública procura dar lições de cidadania e responsabilidade social aos beneficiados. Pois, pelo direito à moradia, ao ex-morador da favela é explicado que terão obrigações para com os serviços públicos, como água e energia elétrica.
Porém, ouvi numa rádio, entrevista com um líder comunitário local, beneficiado com uma das moradias, na qual reclamava a construção de um muro em volta do condomínio. Segundo ele, para evitar ações de “arruaceiros”. "É que ninguém sai do asfalto pra fazer bagunça na favela, mas, o contrário, sim", tentava justificar o morador, prestes a se mudar para um das casas urbanizadas e integradas do Alemão.
Porém, ao saber que a construção do muro seria impossível, o morador, talvez num desabafo, disse que preferia continuar morando na favela, pois não precisaria pagar nada e ainda por cima estaria mais seguro do que no asfalto. Pasmem, mas isto dá a verdadeira dimensão do quanto temos que avançar para dar cidadania a estas pessoas.
Mas, a grande lição que fica disso tudo, é que, além das dificuldades físicas dos empreendimentos e obras, há que haver também a preocupação em resgatar a cidadania dessas pessoas, que sempre viveram à margem das normas sociais, sob pressão (ou proteção, por falta de opção) da lei do tráfico, onde armas são “garantidores da ordem”.
É um caminho árduo, sim, mas alguém tem que começar. E o governo do Rio vem fazendo sua parte neste processo de recuperação do Rio, utlizando a educação como um dos instrumentos de cidadania. O momento é agora e não há mais espaço para omissões do Poder Público. Afinal, a população dessas regiões também tem direito a viver com dignidade.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

A Guerra do Rio

A mais recente onda de violência no Rio de Janeiro, além da renovação dos traumas, evidencia ainda mais a responsabilidade de todos – Poder Público e sociedade - em relação ao enorme desafio de debelar a criminalidade nos prazo assumidos perante o mundo.

Afinal, a Copa de 2014 e, logo adiante, as Olimpíadas de 2016, nos impõem limites intransponíveis no cumprimento de promessas e obrigações assumidas com o resto do mundo, que balizarão, com certeza, a nossa capacidade de realização no cenário internacional.

Mais uma vez teremos que superar o ceticismo provocado pelas imagens como a do último sábado (17/10), com helicóptero da polícia e ônibus em chamas, num duro contraste com as belezas naturais e a alegria, que apresentamos, há poucas semanas, aos membros do COI e aos povos do mundo todo.

Concordo que não há solução de curto prazo, pois são trinta anos de desleixo para com a questão da violência urbana, que foi tratada até agora e erradamente, como problema unicamente de polícia.

As autoridades atuais enxergaram o óbvio e começaram a tratar a questão com muito mais profundidade, convencendo-se de que sem políticas de reinserção social e urbanística de comunidades, as ações de repressão somente servirão para enxugar gelo, eternizando e agravando o problema.

Os complexos de Manguinhos e Alemão passam por obras, que, com certeza, refletirão positivamente na melhora de qualidade de vida dos moradores dessas regiões. Mas, tais ações devem ser acompanhadas de projetos sócio/educacionais, que ajudem a dar oportunidade e resgatar a dignidade da juventude desses lugares, que têm, muitas vezes, na marginalidade única opção de sobrevivência.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

I Concurso Nacional de Monografias do PTB Mulher

Clique no link e confira do regulamento do concurso: http://www.cristianebrasil.com/noticias/noticias_97.htm .

Longevidade biônica

Vejam que notícia interessante da Veja, que reproduzo abaixo, dando conta dos avanços da ciência pela longevidade, bem de acordo coma realidade atual de que o mundo está cada vez mais idoso.

'Muitos sonham em poder chegar aos 100 anos de idade, mas poucos levam em conta o preço que se paga por isso: uma saúde geralmente debilitada. Cientistas britânicos agora pretendem acabar com essa associação, em um projeto milionário de biotecnologia que promete dar "50 anos ativos após os 50".

A iniciativa de 50 milhões de libras foi lançada na segunda-feira pelo Instituto de Engenharia Médica e Biológica da Universidade de Leeds, a maior unidade de bioengenharia da Grã-Bretanha, com o objetivo de responder ao aumento da expectativa de vida mundial. O foco será no desenvolvimento de aparelhos médicos e terapias de regeneração capazes de garantir a qualidade de vida dos idosos.

Entre as inovações anunciadas pela equipe, estão válvulas cardíacas vitalícias e imunes à rejeição do organismo. Para isso, os cientistas irão usar válvulas humanas doadas, cujo código genético será totalmente eliminado. Elas serão então implantadas no corpo do paciente, que deverá preenchê-las com seu próprio DNA. A tecnologia também poderá ser usada na produção de cartilagem e pele para vítimas de queimaduras.

No Brasil, 40 pacientes tiveram novas válvulas cardíacas implantadas com sucesso. "De quatro anos para cá, elas não foram rejeitadas", disse Eileen Ingham, vice-diretor do instituto, segundo o jornal The Guardian. Os pesquisadores esperam desenvolver dez novos produtos nos próximos cinco anos.'

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Dia do Mestre


Neste 15 de outubro, Dia do Professor, minha reverência a todos aqueles e aquelas que fazem da arte de ensinar um sacerdócio, cujo reconhecimento é quase sempre ignorado.

Quem de nós não guarda na memória pelo menos um mestre, que nos foi importante não só em nossa formação cultural, mas também nos momentos de amizade e aconselhamentos?

É por isso que todas as ações – públicas ou privadas – devem ser no sentido de resgatar esta dívida, que toda sociedade tem com a classe dos professores.

A justiça ao reconhecimento é um direito do professor e uma obrigação de todos nós. Nunca nos esqueçamos disto.

sábado, 10 de outubro de 2009

Por um Brasil idoso e justo


Os dados revelados pelo IBGE, em seu relatório Síntese dos Indicadores Sociais, dando conta de que a população idosa do país, de 21 milhões, já supera a de crianças de 0 a 6 anos, 19 milhões, só reforça a responsabilidade do Poder Público em adequar as políticas públicas obedecendo a esta realidade.

Não é possível mais desenvolver projetos sociais e/ou urbanísticos sem atentar para as mudanças provocadas pelo amadurecimento cada vez mais acelerado da população. Ou seja, da educação à saúde públicas, passando pelos programas de atendimento sociais, e dos projetos urbanísticos até às construções prediais (moradias ou não) têm que se enquadrar às novas exigências da Terceira Idade.

Na área urbanística, por exemplo, o mobiliário urbano deve permitir a acessibilidade aos mais idosos, garantindo o direito a circular em calçadas com pisos adequados a todas as idades. E os prédios devem também obedecer o direito a acessibilidade. Isto é qualidade de vida.

Aqui no Rio, onde a proporção de idosos é a maior do País, com uma população de mais de 65 anos quase igual a de jovens, a autoridade pública se deu conta de suas novas obrigações, e já desenvolve políticas públicas de inclusão e qualidade de vida para a Terceira Idade.


Além de um processo de conscientização, por meio da educação, onde há uma lei incluindo nas escolas matérias sobre envelhecimento, a prefeitura desenvolve também projetos de atividades sociais, como Academias da Terceira Idade (ATIs), entre outros, além de assistência preferencial nas áreas de saúde e de reinclusão ao mercado de trabalho.

Mas, os desafios só tendem a crescer, pois as mudanças no perfil populacional do País estão acontecendo muito mais rapidamente do que as providências implementadas. E o custo para a sociedade e para as gerações futuras vai depender da agilidade das respostas a esta nova realidade. O futuro de todos nós depende das providências de agora.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Rio 2016 - O Futuro é agora


A conquista das Olimpíadas de 2016 coloca o Rio de Janeiro no limiar de uma nova era, em que é possível recuperar todo o prestígio perdido com a ida da capital federal para Brasília, estancando de vez o esvaziamento político e econômico pela qual passou a cidade e o estado desde aquela época.

O Rio volta a ser o Brasil aos olhos do mundo e a responsabilidade de todos nós, brasileiros, aumenta na mesma proporção da posição de destaque que o País vem assumindo no cenário internacional nos últimos tempos. A sociedade brasileira só tem a ganhar, pois os investimentos no Rio, com certeza, deixarão um legado positivo para o todo o país, pois, afinal, serão arenas e instalações esportivas de excelência, onde será possível aperfeiçoar atletas de todos os estados.

Para a Cidade Maravilhosa, os investimentos em infraestrutura – saneamento, transporte, segurança, habitação -, também ajudarão a resgatar títulos de saudosa e bucólica memória daqueles que tinham o Rio como ‘vitrine do Brasil’ e capital cultural do País. Pois, com certeza, tais melhoramentos farão com que o Rio volte a ser a porta de entrada preferida de ‘cariocas de todas as nacionalidades’ em visita ao nosso país.

Não estou sendo por demais otimista quanto à realização destes sonhos, pois o compromisso real das autoridades aliado à determinação e capacidade de superar desafios como estes, são indissociáveis ao espírito do brasileiro do século XXI. Não há retorno ao atraso. O futuro é agora!

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Daqui a 20 anos, Brasil será um país de muito idosos, com 80 anos ou mais

A forte e rápida queda na taxa da fecundidade vai fazer a pirâmide etária virar de cabeça para baixo. A população muito idosa (80 anos ou mais) vai crescer 6% ao ano, quando a população total brasileira começa a diminuir, em 2030. Esses cálculos foram feitos pela pesquisadora Ana Amélia Camarano do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), ao se debruçar nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad/2008) , divulgada no fim do mês passado.
- Nos anos 80, projetávamos que a população brasileira chegaria a 200 milhões no ano 2000. Com a queda na taxa de fecundidade, atualmente em 1,8 filho por mulher, devemos alcançar esse número em 2020. E se a fecundidade continuar caindo, talvez nem chegue a isso - disse Ana Amélia ao divulgar o estudo.
A população brasileira atual é de 190 milhões. Deve chegar a 206,8 milhões em 2030, caindo para 204,7 milhões dez anos depois. Nesse futuro próximo, a população de 80 anos ou mais já estará crescendo 6% ao ano (atualmente aumenta 4% por ano). Enquanto isso, a faixa entre 15 a 29 anos começa a diminuir já no ano que vem.
Fonte: Jornal O Globo, em 02/10/2009

Rio 2016

O Rio, capital nacional dos idosos, agora é, também, a capital mundial das Olimpíadas 2016!

Estatuto do Idoso faz aniversário

O Estatuto do Idoso completou ontem, 01/10/2009, Dia Internacional do Idoso, seis anos de promulgação. Uma linda vitória de todos os brasileiros que ajudo a consolidar a cada dia! E como me orgulho disso!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Cristiane Brasil fala sobre o Dia Internacional do Idoso

Confira, na íntegra, entrevista da Secretária de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida da Prefeitura do Rio, Cristiane Brasil, no link http://www.clipnaweb.com.br/clipping/conteudo_v2.asp?reg=159193&midia=rd&empresa=prefeitura2&palavra= .

Dia do Idoso

Hoje, Dia do Idoso, e a mensagem é para os jovens e os não tão jovens. Saibam que a juventude não é eterna, mas a jovialidade, sim, e deve estar nos corações e mentes de todos nós. Sabemos que a ação do tempo nos impõe rugas, mas também nos garante sabedoria. E o respeito a estas verdades absolutas deve servir de alicerce para quem almeja vida longa e saudável. Pois, a partir desta constatação, é possível atentarmos mais para a qualidade de vida que levamos.

Portanto, além dos avanços jurídicos e socias de proteção ao idoso, destaco que a conscientização de que o País não é mais jovem, constitui-se no fator fundamental para aprofundar transformações na sociedade, com políticas mais adequadas a esta realidade. E sociedade e Poder Público são os atores principais e necessários a implementar estas mudanças.

Tem sido assim aqui no Rio de Janeiro, onde a prefeitura desenvolve política de estado em projetos de prevenção à saúde e de qualidade de vida dos cidadãos, abrangendo áreas de educação, saúde e de assistência social. Na educação, procuramos introduzir na grade curricular das ecolas matérias sobre sobre o processo natural do envelhecimento, entre outras. Na saúde e assistência social, projetos de prática esportiva e qualidade de vida, como Academia da Terceira Idade (ATI) em praças e postos de saúde.

Tudo isso ainda é pouco, sabemos. Mas, com apoio da sociedade, que se deu conta da necessidade da importãncia de se levar uma vida com qualidade, é possível, num espaço curto de tempo, resgatar ainda mais a dívida que temos para com a população idosa, que é a que mais cresce na sociedade.