Neste verão, algumas cidades da Austrália têm registrado temperaturas que beiram os 45 graus à sombra, o que tem ocasionado várias mortes, principalmente idosos. Já no hemisfério norte, o inverno tem sido o mais rigoroso em 100 anos. Na Inglaterra, por exemplo, nevascas têm paralisado o transporte e grande parte da economia. Aqui no Brasil, enchentes no Centro/Sul, espalham destruição, atingindo principalmente populações carentes.
Enquanto isso, autoridades discutem a crise econômica mundial em Davos, onde o capital é posto em xeque, ficando em segundo plano a discussão do meio ambiente. É possível que a atual crise tenha um efeito positivo no meio ambiente, num primeiro momento, por conta da queda da atividade econômica nos centros mais poluidores. Mas, os eventos climáticos evidenciam que a Terra está doente.
Não dá para separar progresso do meio ambiente. Desta nova ordem mundial, que deverá surgir após esta crise, a questão ambiental continuará a ser o maior desafio para o futuro do homem, tendo em vista, principalmente, as desigualdades, que, com certeza, se intensificarão. E nada agride mais o meio ambiente do que a pobreza. Algumas provações estão por vir, e os sinais da natureza são claros neste sentido.
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